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CASA DO CASTELO - ATOUGUIA DA BALEIA, PENICHE
Situada numa das mais belas regiões de Portugal, em Atouguia da Baleia, perto de Peniche, entre o campo e o Oceano Atlântico, a Casa do Castelo ergue-se paredes meias com as muralhas de um castelo mourisco (século XII), herança de memórias ancestrais, em que a valentia lusitana lutava pelo território. Casa do século XVII e ampliada no século XIX, dispõe de quatro quartos, três duplos e um twin, com o conforto e a qualidade do serviço, na comunhão entre a história da família e a tradição local. As obras de recuperação para turismo de habitação em Junho de 1995, permitiram devolver o conforto e constitui um exemplo de recuperação de património arquitetónico. Num raio de 5 km, o hóspede pode usufruir de diferentes atividades desportivas: golfe, ténis, equitação, pesca, surf, wind-surf, kite e trilhos de descoberta da natureza.
Estrada Nacional 114, 16 - Atouguia da Baleia
Entre campos férteis e praias de longos areais, num ambiente requintado e tranquilo, descobre-se este pequeno paraíso denominado Casa do Castelo, uma casa senhorial do século XVII cuja graciosidade é um regalo para os olhos de quem a vislumbra. Obedecendo às tradições da região, o edifício é caiado de branco e ladeado a amarelo-ocre, o que lhe proporciona ainda mais encanto. Ampliada no século XIX, paredes meias com as muralhas de um castelo mourisco, toma-se no local propício a relembrar as épocas em que a valentia lusitana lutava por território.
Situada a poucos quilómetros de Peniche - uma região a conhecer pela beleza da paisagem e pela riqueza de património monumental e cultural -a Casa do Castelo dispõe de seis quartos, três duplos e três twin, conjugando-se em todos o conforto com a alegria e leveza da decoração. Mas o melhor deste local onde o sonho se torna uma realidade é a área resguardada onde está localizada a piscina rodeada ora por relva, ora por tijoleirae como complemento, mesas e cadeiras propícias à conversa em tardes solarengas. Finalmente, encontra-se o jardim onde a sombra do arvoredo e dos arbustos refresca os hóspedes nos dias de calor.
In Solares de Portugal A arte de bem receber , Edições INAPA, 2007
HISTORIAL
Numa das mais belas regiões de Portugal, em Atouguia da Baleia, perto de Peniche, entre o campo e o Oceano Atlântico com as suas praias de longos areais, ergue-se bela, discreta e senhorial a Casa do Castelo. Paredes-meias com as muralhas de um velho castelo mourisco (séc. XII) o qual deu o nome à casa construída no séc. XVII (transformada e ampliada no séc. XIX), a Casa do Castelo proporciona ao visitante um encontro com a História e a tradição.
Aqui, num ambiente de requintado bom gosto, onde as memórias do passado estão presentes a cada passo, a arte de bem receber e a história de uma família misturam-se com o conforto e o prazer de saborear a Natureza, a paz e a liberdade dos grandes espaços abertos. Num raio de 5 Km, o visitante tem ao seu dispor os mais variados desportos: golf, ténis, equitação, pesca, surf, wind-surf e kart, entre outros.
Esta região oferece-lhe, além do valioso património cultural e natural, um interessante artesanato e uma excelente gastronomia que vai buscar ao mar e à terra o essencial dos seus sabores: peixe e marisco, e produtos hortícolas.
A Casa do Castelo tem ao dispor dos seus visitantes 8 quartos, com casa de banho privativa, sala de estar, bar, aquecimento central e lareira, piscina, estacionamento privado e jardins.
A História da Casa
A casa construída paredes-meias com a muralha medieval do Castelo, data do século XVII, tendo tido obras de ampliação e transformação no primeiro quartel do século XIX.
Azulejos, processos consecutivos e certos elementos arquitectónicos, como por exemplo a chaminé mourisca, atestam a primitiva construção.
Os alçados muito ao gosto do século XIX apresentam-se-nos sóbrios e elegantes, brancos com as suas janelas ogivais de vidros coloridos e cornijas, balaustradas e fachas ocres.
As obras de restauro, ampliação e remodelação concluídas em Junho de 1995 com o apoio da Direcção Geral de Turismo e da C.E. tiveram como finalidade a recuperação da casa de modo a poder funcionar como uma unidade de turismo de habitação.
O projecto pretendeu respeitar os alçados existentes quer em termos formais quer cromáticos. O interior foi totalmente demolido e reconstruído obedecendo sempre que possível ao traçado anterior, mas com alterações, de forma a tornar a habitação mais funcional, com melhores condições de acessibilidade e iluminação.
O páteo a poente foi transformado num agradável espaço de lazer e as antigas cocheiras e galinheiros foram transformados em quartos com um espaço em alpendre sobre a piscina.
No interior, com todas as comodidades da vida moderna pode-se conviver com o bom gosto e o requinte, saborear a tradição ou encontrar nos espaços e objectos, memórias da velha casa e de familiares de antanho.
Há muitos anos na posse da família, são hoje seus proprietários Maria Helena Horta Gama de Almeida Baltazar e filhos.
História e lenda do Castelo
O Castelo que se diz ter sido levantado por D. Dinis, revela traços de construção mais remota, sendo de lembrar que no foral dos Gálicos de 1187 se lê: "tenha o concelho atalaias que, quando for preciso, guardem e defendam o Castelo".
D. Pedro I (e depois outros soberanos) e fidalgos da corte, passavam temporadas, quer nos Paços Reais da Serra de El-Rei quer no Castelo da Atouguia para distraírem seus ócios assistindo aos divertimentos taurinos e talvez experimentar a sua própria destreza.
D. Luis de Atayde, a quem a Vila fora doada em 21 de Abril de 1555 por D. João III, terá mandado reparar o antigo Castelo, no qual ainda hoje se advinham estilos arquitectónicos de varias épocas.
Segundo Braancamp Freire, André de Resende compôs para o Castelo a seguinte inscrição:
"D. João III, Rei de Portugal, Pio e felizmente invencível, filho de D. Manuel, Rei de Portugal, Pio e felizmente invencível, mandou fazer este Castelo com baluartes para defesa da povoação e para afastar da costa os piratas, a pedido e expensas de D. Luis de Atayde, senhor do terino de Atouguia...Enquanto Atayde defender a nossa costa e, ao mesmo tempo permanecer de pé este Castelo, belo, soberbo, ameaçador: não é permitido aos piratas arrebatar daqui presa alguma, nada vos é lícito roubar nesta região."
A este Castelo anda ligada uma curiosa lenda: a lenda das duas arcas que certo Rei, por maldade, mandou um dia guardar num dos subterrâneos, abarrotando uma delas de um tesouro maravilhoso e enchendo outra de peste. Depois ofereceu a mão da Princesa, sua filha, ao primeiro que quisesse tentar a oportunidade de abrir a arca do tesouro.
Claro que, no receio de vir justamente a ser destapada a arca cheia de peste, ainda hoje certamente, por aqui se encontram escondidas as duas arcas... E a lenda não diz se a princesa chegou a casar-se.
De atalaia à planície verdejante que se estende lá em baixo, as ruínas do velho Castelo continuam firmes e majestosas. As suas pedras, carcomidas pelo tempo e pelas intempéries parecem querer murmurar-nos mil e uma história de encantar, de Reis e de Rainhas, e de comerciantes abastados que por aqui passaram há muitos anos.
Do Castelo citado em inúmeros documentos antigos, pouco se conhece da sua configuração, do seu traçado original e da sua planta.
Hoje apenas um pano de muralha e uma torre voltada ao mar, altiva, continua de vigia agora, não para impedir qualquer invasão moura ou pirata, mas para respeitável e venerada na sua antiguidade nos lembrar 8 séculos de história.