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PAÇO DE CALHEIROS - CALHEIROS, PONTE DE LIMA
Considerada como uma das mais representativas das casas nobres do Minho e um dos mais importantes exemplares setecentistas da arquitectura civil portuguesa, esta casa antiga reúne um acervo de lembranças da história da família Calheiros, desde 1450.
Situado a meia encosta, usufrui de uma vista deslumbrante sobre a vila de Ponte de Lima, uma janela aberta para o vale do rio Lima. O Paço de Calheiros oferece conforto, uma decoração elegante e a arte de bem receber.
Dispõe de nove quartos e salas de convívio, biblioteca, e uma cozinha antiga onde são organizados workshops de cozinha regional com frutas e legumes frescos da quinta. As dependências do solar integram seis apartamentos, rodeados de jardins históricos, que resultam numa experiência única, num dos mais belos cenários da região do Minho.
Rua de Calheiros, 1174 - Calheiros
Na parte mais alta de um monte coberto de generosos vinhedos, de onde se abarcam o vale e a vila de Ponte de Lima, encontra-se o Paço de Calheiros, um solar considerado como um dos mais importantes e belos exemplares setecentistas portugueses, representativo da arquitectura civil nacional. Construído nos primórdios da monarquia, encontra-se na posse da mesma família desde 1450, segundo consta de uma lápide existente no portão de entrada. Entrar em território de Calheiros é dar-se ao prazer de entrar num mundo à parte, onde a harmonia é uma constante. No exterior, destaca-se uma magnífica vereda de magnólias que dá acesso ao paço e vislumbram-se os jardins senhoriais que se desenvolvem em diversos patamares. Um bonito chafariz, uma fonte com um pequeno tanque em granito, a capela com um valioso altar barroco e a escada exterior completam um quadro inigualável
Francisco Silva de Calheiros e Menezes é o actual representante da família e das armas de Calheiros, Senhor do Solar de Calheiros e representante do título de Conde de Calheiros.
In Solares de Portugal A arte de bem receber , Edições INAPA, 2007
HISTORIAL
O solar do antigo apelido de Calheiros é na Quinta do Paço, que antigamente chamavam do Pinheiro, na freguesia de Santa Eufémia de Calheiros, no concelho de Ponte de Lima.
A Honra de Calheiros foi confirmada por D. Afonso IV em Santarém, aos 5 de Fevereiro de 1336, a favor de Martim Martins Calheiros, cuja honra lhe fora dada pelo Rei D. Dinis. Posteriormente, D. Sebastião, por sentença de 12 de Novembro de 1566, ratificou os direitos e demarcações daquela honra a favor de Diogo Lopes de Calheiros, o ilustre autor do Memorial de Calheiros.
Ao fundo de uma carreira de seculares cupríferas de dimensões gigantescas, abre-se um portal, com lápide em um gótico minúsculo, de 1450, que diz:
D'esta Antiga e Nobre Casa
Proced'os Calheiros:
Fidalgos: D'Solar
Sobrepuja a inscrição uma pedra de armas, escudo direito e em coração com capacete e paquife singelo, ostentando o apelido dos CALHEIROS: - em campo azul, cinco vieiras ou conchas de prata, estendidas em preto, no pé ou contra-chefe três estrelas de oiro em faxa de cinco pontas cada uma; timbre dois bordões de prata em aspa e os bordões ferrados de azul e atados com torçal da mesma cor, sobreposta uma vieira das das armas. Ainda ao lado do timbre faz-se notar a data de 1533, ano em que devia ter sido esculpido o brazão.
Dizem que os Calheiros tomaram o brazão dos Velhos, por serem a sua prole: não é assim pois ambos descendem de D. Ayres Nunes, originário da Galiza tendo por isso adoptado as Vieiras e Bordões de Santiago de Compostela.
O nome do apóstolo era o grito de guerra nas frequentes algaras contra os Sarracenos e depois da vitória os indómitos guerreiros, empunhando o bordão dos peregrinos, iam agradecer ao padroeiro das Espanhas, visitando o seu túmulo, os lauréis alcançados e penitenciaram-se dos excessos cometidos.
Assim, um dos mais honrosos distintivos da armaria peninsular, como na Hieráldica de França se considerava a Flôr de Liz, era entre nós a Vieira Compostelana.
A Casa nunca deixou a família, sendo apontada como uma das que conserva ainda esta nobre particularidade.
Senhores Imemoriais do Solar De Calheiros (reedificado em 1450), Senhores das Terras de Santo Estêvão de Geraz, Beiral do Lima e Reguengo de Castelo (5/1/1424), Senhores das Terras do Burral e Almoxarifado de Ponte de Lima (4/12/1453), Senhores das Devezas de Ponte de Lima (30/9/1454), Conde de Calheiros (20/3/1890).
Francisco Silva de Calheiros e Menezes é o actual representante da Família, chefe do nome de armas de Calheiros, Senhor do Solar de Calheiros e representante do Título de Conde de Calheiros.
A curta distância do Caminho Português de Santiago, o Paço de Calheiros está intimamente ligado ao culto jacobeu tendo por isso adoptado, no seu brasão, as Vieiras e Bordões de Santiago de Compostela.
O solar, que sofreu há alguns anos obras de recuperação, teve por objectivo não apenas a valorização do edifício, mas também abrir portas ao hóspede com o maior conforto. A decoração acentua a elegância do mobiliário antigo, bem conservado e de valor. Nas paredes estão colocados retratos de familiares e, nos tectos, impressionáveis lustres de lágrimas. Outros elementos decorativos incluem tapeçarias, livros, loiças, pratas e cristais antigos.