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CASA DA VÁRZEA - BEIRAL DO LIMA, PONTE DE LIMA
Esta bonita casa solarenga situa-se na bucólica e verdejante freguesia de Beiral do Lima, a escassos dois quilómetros da povoação de S. Martinho da Gandra, sensivelmente a meio caminho entre as vilas de Ponte de Lima e Ponte da Barca.
A Casa da Várzea é um edifício muito antigo que foi profundamente alterado na segunda metade do século XVIII, pela mão do então proprietário Caetano José da Gama Araújo e Azevedo, adquirindo a feição arquitectónica erudita que hoje ostenta. No entanto, a casa é bem mais antiga e, segundo os registos, encontra-se na posse da mesma família pelo menos desde 1553.
O interior da casa foi totalmente recuperado disponibilizando quatro quartos duplos e dois "twins". Uma ampla piscina virada para a serra e um antigo celeiro em madeira são lugares de encanto e lazer. A casa dispõe de bons acessos e de uma excelente vista panorâmica que se perde no horizonte recortado pelas serras da Peneda e de Miranda.
Rua de Midões, nº 498 - 4990 – 545 Beiral do Lima - Ponte de Lima
Dispondo de bons acessos e de uma excelente vista panorâmica, são aqui conservadas as antigas tradições de hospitalidade com que recebeu, entre outros hóspedes ilustres, os arcebispos de Braga nas suas visitas pastorais.
Actualmente, a Casa da Várzea é constituída por várias partes distintas. O edifício de arquitectura mais erudita tem duas fachadas bem visíveis de todo o vale com, respectivamente, 5 e 6 janelas cada. A divisão interior é bem característica da região, com uma sucessão de amplas salas com tectos de masseira, comunicando entre si por portas largas. No piso térreo ficam o lagar, a adega e outras arrecadações agrícolas. Um edifício justaposto, também de dois pisos, aparenta ser mais antigo, mas é um acrescento àquele graças à reutilização de velhas cantarias. E, finalmente, um corpo acrescido para sul e poente, há cerca de 50 anos, com um só piso.
In Solares de Portugal A arte de bem receber , Edições INAPA, 2007
HISTORIAL
A Casa da Várzea é um edifício muito antigo, profundamente alterado na segunda metade do séc. XVIII pela mão do então proprietário Caetano José da Gama Araújo e Azevedo, para poder acolher os treze filhos que lhe vingaram, adquirindo a feição arquitectónica erudita que hoje a caracteriza.
Contudo, a Casa existia há muito e na mesma família pelo menos desde a celebração de um contracto de enfiteuse entre Francisco de Brito e o Cabido Bracarense, em 1553.
Foi aqui o assento do velho Couto da Várzea, confiscado ao prócere Conde Nuno Mendes em 1071 e mais tarde, em 1132, escambada à Sé de Braga, sendo admissível que sob o actual edifício se encontram ainda os fundamentos da quinta medieval.
As obras de aparato iniciadas no século XVIII não foram concluídas, nomeadamente a escadaria nobre exterior, fronteira à fachada, que estando prevista e parcialmente feita nunca chegou a ser colocada. Contudo, já em data recente, foi o edíficio ampliado para sul e poente com um corpo novo, com prejuízo da antiga cozinha e da possibilidade de construção de uma varanda certamente prevista e nunca realizada.
A Casa é constituída por três partes distintas:
- O edifício de arquitectura mais erudita, definida por duas fachadas mal expostas (Norte e Nascente), mas bem visíveis de todo o vale com, respectivamente, 5 e 6 janelas de sacada cada. A divisão interior é característica desta região e desta época, com uma sucessão de amplas salas com tectos de masseira (um deles apainelado em gamela oitavada), comunicando entre si por portas largas em disposição simétrica com armários de parede de idênticas dimensões. No piso térreo ficam o lagar, a adega e outras arrecadações agrícolas.
- Um edifício justaposto a sul, também de dois pisos, aparentando ser mais antigo, mas indubitavelmente acrescentado àquele com a reutilização de velhas cantarias.
- Um corpo acrescido para sul e poente, há cerca de 50 anos, com paredes em perpianho de granito e divisórias muito estreitas de tijolo prensado, com um só piso nivelado pelo sobrado da parte restante.
Exteriormente são assinaláveis as fachadas norte e nascente onde pontificam alguns pormenores arquitectónicos interessantes.
Dominando a fértil quinta de que é casal e as veigas de Beiral e Gandra, dispõe de bons acessos e excelentes vistas panorâmicas que se perdem nos longes das serras da Peneda e de Miranda.