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QUINTA DA CALÇADA - VILA E ROUSSAS, MELGAÇO
Na encantadora vila de Melgaço, próxima do Parque Nacional da Peneda-Gerês, localiza-se a Quinta da Calçada, testemunho dos séculos XVII e XVIII. Este solar rural, classificado como imóvel de interesse público, constitui uma experiência diferente para passar uns dias inesquecíveis no Alto Minho. A casa pertence à mesma família desde a sua fundação. A Capela de São Julião, fronteira, de raiz românica, foi confiada à família da Quinta da Calçada através de foro perpétuo, datado de 1711.
O alojamento conta com dois quartos duplos, nos baixos da casa. O conforto é acrescido por uma piscina, uma biblioteca e uma colecção etnográfica. No exterior da casa estão bem desenvolvidas e implantadas as estruturas usuais na vida rural. No conjunto encontram-se todos os elementos que caracterizam este tipo de património: portão de acesso a amplo terreiro, entrada de serviço independente, rossios que envolvem toda a construção, jardim, eira, canastro, dependências agrícolas.
Estrada Nacional 301
Uma piscina e biblioteca e um pequeno museu completam a atenção dada aos detalhes. A zona rural circundante é ideal para caminhadas e o spa próximo em Melgaço oferece uma gama de tratamentos relaxantes e terapêuticos.
No distrito de Viana do Castelo, junto ao rio Minho, nas proximidades de Melgaço, lugar de São Julião, situa-se a Quinta da Calçada, a unidade de turismo de habitação mais setentrional do país. A casa encontra-se no seio da quinta, elevando-se com a sua fachada mais representativa orientada para sul, na direcção de uma encosta que se lhe impõe. Desde a primeira aproximação, o conjunto arquitectónico é visto como uma unidade enquadrada por dois muros que definem um amplo espaço. De mais perto, vislumbram-se duas escadas, com corrimãos em granito e tosca decoração que dão acesso a uma varanda coberta, delimitada por cinco colunelos, cuja orientação e protecção permitem que seja utilizada durante grande parte do ano como zona de estar. Por sua vez, o telhado é acentuado pela cor branca, mantida como tradição resultante do uso funcional da cal.
A casa pertence à mesma família desde a data da sua construção, que se estima ser de finais do século XVII ou início do século XVIII. A Capela de São Julião, fronteira, de raiz românica, foi-lhe confiada pelo estabelecimento de um foro perpétuo, datado de 1711. Ambos os imóveis estão a cargo do herdeiro e actual proprietário, Luís Manuel de Magalhães Fernandes Pinto.
Este típico solar rural, classificado pelo então Instituto Português do Património Cultural como imóvel de interesse público, é ideal para passar uns sossegados dias de repouso no extremo norte do Alto Minho.
Solares de Portugal A arte de bem receber , Edições INAPA, 2007
HISTORIAL
A Quinta da Calçada localiza-se nos subúrbios da vila de Melgaço, no Lugar de S. Julião, na E.N. 301 à saída para S. Gregório, já praticamente incluída no tecido urbano. A casa encontra-se dentro da quinta, circundada por terrenos agrícolas que permitem a clara percepção do seu volume e da sua escala. A fachada mais representativa orienta-se a sul, para uma encosta que a afronta. Forma uma unidade enquadrada pelos muros de amplo terreiro. Duas escadas, com corrimãos em granito e tosca decoração, dão acesso a uma varanda coberta, com pano de peito em perpianho que serve de base a cinco colunelos, também em granito que, por sua vez, suportam a cobertura. Este conjunto de pedra à vista ressalta de dois corpos salientes rebocados, que contêm as pedras de armas, também em granito. O telhado é acentuado pela cor branca, mantida como tradição resultante do uso funcional da cal.
A distribuição da habitação, no piso superior, é simples: simetria no seu corpo principal, com salas mais representativas nos dois salientes, todas com tectos de masseira. Os 'baixos' da casa, no piso térreo, destinavam-se a dependências agrícolas. Exteriormente estão bem desenvolvidas e implantadas as estruturas usuais na vida rural. No conjunto encontram-se todos os elementos que caracterizam este tipo de património: portão de acesso a amplo terreiro, entrada de serviço independente, rocios envolventes a toda a construção, jardim, eira, canastro, dependências agrícolas. Não tem capela incorporada, presumivelmente porque quando a construção da casa a capela, fronteira, já estava a cargo da família dos actuais proprietários da Quinta (foro perpétuo, datado de 1711).
Trata-se de um típico solar rural do Alto Minho classificado pelo Instituto Português do Património Cultural, como 'Imóvel de Interesse Público'. Não se conhecem documentos que permitam datar com exactidão a construção do solar. Deduz-se que foi constuído nos fins do séc. XVII ou princípios do séc. XVIII. Tal dedução apoia-se em alguns dados geneológicos e na observação e características arquitectónicas. A construção inclui-se num 'estilo de transição' entre o renascentista e o barroco. Nota-se a planta em U, a quase total ausência de elementos decorativos apenas revelados toscamente nas volutas dos corrimãos das escadas, e o tímido ensaio das curvaturas das vergas das janelas da fachada representativa.
O solar apresenta duas pedras de armas representando a família proprietária, bem executadas em granito, colocadas simetricamente, entre as janelas dos corpos salientes.