Reservas
(Chamada para a
rede fixa nacional)
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Tomada pelos sarracenos em 715, Ordonho II reconquistou Seia para os cristãos em 985, perdendo-a logo de seguida para Almansor. Em 1037 foi a vez de Fernando Magno, que também a perdeu. Conquistada definitivamente, em 1132, por D. Afonso Henriques foi-lhe concedido foral em 1136 sob o nome de Civitasem Sennam. Teve este foral confirmado em 1188 e novo foral por D. Afonso II (1217) e D. Manuel (1510).Na altura da conquista por D. Afonso Henriques foi reconstruído um castelo de que hoje não restam vestígios, mas que se presume tenha sido edificado no local onde se situa a Igreja Matriz. Este castelo, elemento estruturador da povoação, determinou a importância militar de Seia, e aliado ao facto de esta ser uma região intensamente agrícola, proporcionou-lhe medidas proteccionistas durante a Idade Média.Com D. Manuel, Seia foi elevada à categoria de Concelho, reforçaram-se as muralhas e reconstruíram-se alguns edifícios religiosos.Com as medidas promotoras da indústria dos lanifícios do século XVIII, a vila enriqueceu e desenvolveu-se, restando ainda algumas fachadas barrocas dessa época.Hoje é uma cidade (desde 1986) agrícola e pastoril, possuindo focos industriais no sector dos lanifícios (fiação, tecelagem e confecção) e é um dos acessos principais à Serra da Estrela.
É encostado à vertente ocidental da Serra da Estrela, que fica situado o Concelho de Seia, actualmente com 29 freguesias, deve esta sua dimensão ao facto de ter aglutinado 11 antigos concelhos aquando das reformas liberais, nos meados do século passado. Quando do seu 1º foral em 1136, o Concelho de Seia albergava no seu perímetro, não mais que meia dúzia de pequenas povoações circunvizinhas, porém em 1510, data da outorga do Foral Novo por D. Manuel I, já o Concelho era composto pelos lugares de Passarela, Lages, Folhadosa, Pinhanços, Santa Comba, Sameice e outros pequenos Casais.
Foi no séc. XIX que o Concelho viria a conhecer um substancial alargamento com a absorção de importantes Concelhos tais como Alvôco da Serra, Loriga, Vila Verde, Santa Marinha , Sandomil, São Romão, Valezim, Vide, Vila Cova á Coelheira e Torroselo. Nos inícios do século XX passou então a ser constituído por Cabeça, Carragosela, Girabolhos, Lapa dos Dinheiros, Paranhos, São Martinho, Santiago, Santa Eulália, Sabugueiro, Sazes da Beira, Tourais, Teixeira, Travancinha e Várzea. Estava então constituído um novo quadro administrativo com 29 freguesias e cerca de 115 pequenas povoações. Oppidum Sena, antiga cidade de Sena, hoje Seia, foi fundada há cerca de 2400 anos, pelos Túrdulos. Durante muito tempo foi dominada pelos Árabes, sendo definitivamente conquistada por D. Fernando Magno, em 1055, mandando na altura edificar o seu castelo. Em 1132 D. Afonso Henriques fez doação de Seia ao seu valido João Viegas por reconhecimento de serviços prestados e em 1136, Seia tem o seu primeiro foral dado pelo nosso primeiro rei, que a designa por Civitatem Senam (cidade de Seia).
Porta aberta à Serra da Estrela e à sua imponência natural. Ás suas delícias, às emoções da neve e à pureza das paisagens que nos fazem sonhar.
Cidade de origem antiga, desde sempre serrana e panorâmica, a quem os romanos deram o nome de Civitatem Sennam. A pastorícia e o fabrico do queijo remontam à Proto-História, tal como os Lusitanos, povo de pastores e guerreiros dos Montes Hermínios, cuja bravura e resistência a Roma é relatada desde o séc. IV d.C., por historiadores gregos e latinos. Esses tempos revelam-se hoje no Castro de S. Romão, a 4 kms de Seia. Aqui ainda se vêem três muralhas em volta de um Tor granítico, de grandes blocos. No centro da cidade a história é mais recente. Do seu antigo castelo medieval que foi conquistado aos Mouros por D. Afonso Henriques, em 1132, só resta o terreiro rochoso, hoje ocupado pela Igreja Matriz e envolvido por belo panorama e pelo Bairro do Castelo, todo ele cruzado de ruelas estreitas e casario de rosto antigo. Mais abaixo pode ver a Casa das Obras, edifício apalaçado do séc. XVIII, onde estão os actuais Paços do Concelho e que foi o antigo Solar dos Albuquerques e quartel-general de Wellington durante a última invasão napoleónica. A capela de S. Pedro, tem um portal românico, séc. XIII, e o corpo da nave é de reedificação manuelina, séc. XVI, demonstrada no fecho da abóboda pelo florão com a Cruz de Cristo, símbolo de D. Manuel I. Em frente da Capela situa-se o Solar dos Botelhos, também decorado com três belas janelas manuelinas. Ao lado, a Igreja da Misericórdia do séc. XVIII.