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(Chamada para a
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O concelho de Santo Tirso é actualmente composto por vinte e quatro freguesias. Em 1833 surge referida, pela primeira vez, a área pertencente ao futuro concelho de Santo Tirso, a qual correspondia aos limites do antigo couto. Com a vitória dos liberais a e a restruturação administrativa do ano de 1834, Santo Tirso tornou-se concelho.
Esta localidade junto ao Rio Ave desenvolveu-se à volta do Mosteiro de São Bento fundado no séc. X, que era também era conhecido como Santo Tirso de Riba de Ave. É em honra de São Bento que se realiza a maior Romaria do concelho em Julho. Próximo situam-se as Termas de Caldas da Saúde, que além de todo o equipamento necessário para as curas termais, possui também uma curiosa exposição dos instrumentos utilizados nos tratamentos no início do séc. XX. Nas redondezas, destaque para a Igreja românica de Roriz (cuja origem poderá datar do séc. VIII) e para a Citânia de Sanfins de Ferreira provavelmente habitada desde o séc. VI a.C.
A freguesia de Santo Tirso é sede de concelho. A cidade fica situada na margem esquerda do rio Ave. A história deste burgo interliga-se à do Mosteiro Beneditino, fundado em 978, nas margens do rio Ave, onde actualmente fica a Igreja Matriz. O conde D. Henrique e sua esposa D. Teresa constituíram o extenso território de Santo Tirso, ao qual foram acrescentadas novas terras e que foi doado a Soeiro Mendes da Maia. Este por sua vez doou-o em 1097 ao Mosteiro Beneditino, tornado-se o couto de Santo Tirso.
Com o advento do liberalismo deu-se a expulsão das ordens religiosas, em 1834 o couto deixa de existir dando lugar a uma nova realidade administrativa, o concelho. A influência do Mosteiro declina progressivamente durante o século XIX, crescendo o concelho em freguesias e população. A "Rua", como era denominado o núcleo urbano de Santo Tirso, estende-se desde o parque sobranceiro ao mosteiro. No ano de 1868, Santo Tirso é elevado a vila, vai crescendo com as remessas dos "brasileiros" emigrados e a embrionária industrialização. Criam-se estruturas públicas, surge um corpo de bombeiros, o hospital e outras obras de carácter social por intermédio da Misericórdia local; e ainda uma escola primária, por iniciativa do mais conhecido e amado "brasileiro" local, o conde de S. Bento. Com a instauração de uma feira semanal e a aposta no desenvolvimento industrial, nomeadamente através da indústria têxtil, assiste-se ao crescimento do burgo. O advento do combóio viria a consolidar este crescimento do final do século XIX.
No coração de uma região com fortes tradições na indústria têxtil a cidade de Santo Tirso foi palco da criação de inúmeras empresas industrias, nomeadamente têxteis. Algumas das primeiras empresas a laborar no concelho, foram criadas nesta freguesia, como a antiga Fábrica de Fiação e Tecidos de Santo Tirso e a actual Arcotêxteis - Empresa Industrial de Santo Tirso.
Com o crescimento da cidade surgiram novos serviços, a cidade renovou-se. Sugerimos-lhe um passeio pela cidade. Comece por visitar a Igreja Matriz, que pertencia ao antigo mosteiro beneditino, magnifico exemplo da arquitectura religiosa, e génese do burgo tirsense. Ao caminhar para o centro da cidade, não deixe de visitar o Museu Municipal Abade Pedrosa, o qual possui uma magnifica colecção de arqueologia, que conta a história da ocupação e evolução do homem neste território. Ao caminhar para o centro, detenha-se o visitante no Parque D. Maria II, onde pode apreciar uma bela vista sobre o antigo mosteiro e sobre o rio Ave, descansando da primeira parte da sua visita. Ao percorrer o centro da cidade pode deparar-se com um conjunto de fachadas oitocentista do Largo Coronel Baptista, observar as tão características casas dos "brasileios" e ainda descobrir os prazeres que a arte ao ar livre tem para nos oferecer no Museu Internacional de Escultura Contemporânea.