Reservas
(Chamada para a
rede fixa nacional)
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Situada na margem esquerda do rio Lima, a 39 quilómetros de Viana do Castelo, Ponte da Barca deve o seu topónimo à barca que, até aos finais do século XV, fazia a travessia do rio na maioria das vezes transportando peregrinos a caminho de Santiago de Compostela. A Ponte substituiu a barca medieval, mas o nome da vila honrou as duas: a primeira pela sua monumentalidade, a segunda pela história.
Terra natal dos irmãos poetas Diogo Bernardes e Frei Agostinho da Cruz, a povoação existe desde 1120 e esteve durante toda a Idade Média integrada nos domínios da Terra da Nóbrega. No século XVI, com o reordenamento jurídico e administrativo manuelino, a vila recebe foral e é eleita sede de concelho da Nóbrega. Dois séculos mais tarde, Ponte da Barca era uma vila próspera, de comerciantes e agricultores, que tal como hoje harmonizava a arquitectura popular com a erudita num quadro de granito e palacetes emoldurados pelo verde Minho.
Ponte da Barca fica situada no coração do Alto Minho. Deve o seu topónimo à "barca" que fazia a ligação entre as duas margens, e é a "ponte" construída em meados do séc. XV que lhe vai dar o nome de S. João de Ponte da Barca (1450). A nomenclatura Ponte da Barca aparece pela primeira vez nas "inquirições" de 1220, sendo antes conhecida pelo nome de Terra da Nóbrega (ou Anóbrega). Mas já em 1050 se mencionaria um ponto de passagem da "Barca" no cruzamento da via dos peregrinos que, de Braga, demandavam a Santiago ou que, da Ribeira Lima, se dirigiam a Orense, por Lindoso. É vila sede de concelho, com cerca de 1500 habitantes, cujo foral, concedido por D.Manuel, remonta a 1513. A vila está repleta de construções apalaçadas com capelas e muros fronteiros, ameados e brasonados do séc. XVI e XVII, e dos quais destacamos os Paços do Concelho, o pelourinho, o abrigo porticado e a Matriz dedicada a S. João Baptista. Ponte da Barca é, também, um pólo de atracção pela pesca da lampreia, no Rio Lima, pelos coutos de caça, pelos desportos náuticos, pelo artesanato, pelo folclore, e pela gastronomia de requinte, bem como pelo vinho branco da Adega Cooperativa local.