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(Chamada para a
rede fixa nacional)
Situada à beira da estrada que liga Peniche a Caldas da Rainha, Óbidos surge como um burgo medieval por onde o tempo parece não ter passado. Dentro da extensa muralha que percorre a colina, existe uma vila de ruas estreitas em calçada, casas brancas com barras azuis ou amarelas, vasos à janela e candeeiros antigos. Tudo está devidamente preservado, até as antenas de televisão e os cabos de telefone foram eliminados, optando-se por cabos subterrâneos, de modo a manter a estética medieval. Por entre as casas misturam-se inúmeras igrejas e capelas, algumas destruídas com o terramoto de 1755 e restauradas depois. De todas, há a realçar a Igreja Matriz de Santa Maria que presta homenagem à famosa pintora natural da terra nascida no século XVII -Josefa d Óbidos. No ponto mais alto situa-se o castelo, actuais instalações da pousada. Dizem que ao castelo de Óbidos já veio bater o mar em outros tempos. Há até quem aponte a existência de argolas de bronze e pedras furadas onde se prendiam as barcas. Ainda não houve quem as encontrasse mas, a verdade, é que há por aquelas bandas muitos fósseis marinhos.
Óbidos é uma lindíssima vila de casas brancas enfeitadas com buganvílias e madressilvas que foi conquistada aos mouros pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, em 1148.
Mais tarde, D. Dinis doou-a a sua mulher, a rainha Santa Isabel. Desde então e até 1883, a vila de Óbidos e as terras em redor foram sempre pertença das rainhas de Portugal.
Envolvida por uma cintura de muralhas medievais e coroada pelo castelo mouro reconstruído por D. Dinis, que hoje é uma pousada, Óbidos é um dos exemplos mais perfeitos da nossa fortaleza medieval.
Como nos tempos antigos, a entrada faz-se pela porta sul, de Santa Maria, embelezada com decoração de azulejos do séc. XVIII.
Dentro das muralhas, que sob o sol poente tomam uma coloraçãodourada
respira-se um alegre ambiente medieval, feito de ruas tortuosas, de velhas casas caiadas de branco com esquinas pintadas de azul ou de amarelo, de vãos e janelas manuelinas, lembrando que D. Manuel I (séc. XVI) aqui fez grandes obras, de muitas flores e plantas coloridas.
Não deixe de visitar a Igreja Matriz de Santa Maria, a linda capela de São Martinho e, fora das muralhas, a Igreja do Senhor da Pedra.
Dos eventos que se realizam anualmente em Óbidos merecem destaque as Festas da Semana Santa (em que são recriados os passos da via Sacra), o Festival de Música Antiga, em Outubro e, para os mais gulosos, o Festival Internacional do Chocolate, em Novembro, de que faz parte um concurso internacional onde as receitas são avaliadas por um júri internacional de especialistas.
A magnífica vila medieval de Óbidos, rodeada por muralhas, respira equilíbrio e atrai o visitante. É chamada " vila de rainhas " porque tornou-se tradição os reis oferecerem-na de presente às rainhas.
Algumas das igrejas, que vale a pena visitar, foram mandadas construir pelas rainhas quando tinham um filho.
De casario branco e bem conservado, com pórticos manuelinos e janelas floridas, as ruas e pequenos largos dão resguardo a jóias da arquitectura religiosa e civil, como a Igreja de Misericórdia (séc. XV), a Igreja de São Pedro (séc. XVIII) e a Capela de São Martinho (séc. XIV). O Paço Real e o próprio perímetro das muralhas do castelo, de onde se avista o Aqueduto das Águas Livres, são também visitas a não perder.
Prove a gastronomia local, de que se destaca a caldeirada de peixe da Lagoa de Óbidos, acompanhada pelos vinhos da região demarcada. Ainda dentro das muralhas, encontram-se numerosos bares típicos, onde se pode apreciar uma bebida típica: a ginjinha.
Bem perto de Lisboa, esta é das mais pitorescas e mais visitadas localidades do país que hoje é palco, ao longo do ano, de inúmeros acontecimentos culturais e turísticos.
Surpreenda o seu amor e ofereça-lhe Óbidos, tal qual fez D. Afonso II a D. Urraca ou D. Dinis a D. Isabel, que a incluíram no dote de casamento das rainhas.
Cruze a Porta da Vila, forrada a azulejos setecentistas, e embarque numa viagem pelos tempos dos amores fidalgos. Descubra cada recanto desta vila-museu, repleta de roseirais, verdadeiros convites ao romance. Na Rua Direita, que o conduz ao Paço, deslumbre-se com o quadro criado pela alvura do casario, delineado com barras azuis ou amarelas.
Familiarize-se com os hábitos locais e pare na Ginjinha d Óbidos ou no bar Ibn Errick Rex (e descubra o motivo cosmopolita do nome...) para um trago daquela bebida tão típica. Visite as lojas de olaria e escolha uma recordação destes momentos.
Suba à muralha para uma paisagem a perder de vista ou vá ao recém-inaugurado Parque Cinegético, localizado na encosta oeste da vila, e delicie-se com uma privilegiada vista sobre a Várzea da Rainha e a observação da vida das famílias de gamos e patos reais.
Guarde todos estes momentos com uma fotografia tirada junto à igreja de Santa Maria, monumento que é testemunha, desde o século XIX, de milhares de uniões.