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O legado deixado pelo passado de Cabeceiras de Basto não é suficiente para se poder atribuir uma data exacta à origem do concelho. Admite-se que o primeiro povoamento de Cabeceiras de Basto remonte a algum período pré-românico, a julgar pelos dólmens e pelos vestígios castrenses. Não obstante a sua antiguidade, a povoação de Cabeceiras de Basto só passaria a concelho em 1510, por foral de D. Manuel I.
O vinho verde, o milho, o azeite, a pecuária e o artesanato constituem os produtos de renome e, simultaneamente, as principais fontes de riqueza do concelho. No que respeita ao artesanato, Cabeceiras de Basto é conhecida, de longe, pela sua cestaria, tanoaria, tamancaria, latoaria e pelos magníficos trabalhos realizados em linho e lã. Cabeceiras de Basto tem uma outra dimensão quando se prova uma das várias especialidades gastronómicas da região, entre as quais é de destacar, a carne de vitela, o bacalhau com batatas a murro, as papas de sarrabulho e os rojões à moda do Minho. O expoente máximo de toda a dinâmica da vila manifesta-se, com um certo regozijo, um pouco por todo o ano, no folclore, nos jogos tradicionais e nas festas, feiras e romarias.
Cabeceiras de Basto encontra-se entre as serras da Cabreira e do Marão, num extenso vale, mesmo à margem do Rio Tâmega. É um dos mais antigos e históricos concelhos do Minho. Uma terra que soube preservar a paisagem na qual convivem o Minho e Trás-os-Montes. Apresenta, por isso, um vasto património paisagístico e arquitectónico, marcado pelas suas gentes e pelos sabores tradicionais. Integrado nas Terras de Basto, pequena sub-região com três julgados: o de Cabeceiras de Basto, o de Celorico de Basto e o de Amarante, actualmente abrange uma área territorial de 239km2 por onde se espalham 17 freguesias com uma população de cerca de 18 mil habitantes. Vários achados arqueológicos (vestígios castrenses e construções dolménicas) permitem dizer que Cabeceiras de Basto remonta a um período anterior a Cristo, nomeadamente a épocas pré-românicas. Em 1514 Cabeceiras é elevado a concelho, por Foral de D. Manuel I. Foi, igualmente, um importante centro de peregrinação na Idade Média. Por este motivo a ele se associaram nomes de santos, nobres e guerreiros como são o caso de Santa Senhorinha de Basto, D. Pedro, D. Inês de Castro, D. Nuno Álvares Pereira, que aqui casou em 1376. O concelho de Cabeceiras de Basto está repleto de monumentos, alguns dos quais, de interesse nacional (como é o caso do Mosteiro de S. Miguel de Refojos e a Ponte de Cavez) e casas solarengas datadas, a maioria delas, dos séculos XVII, XVIII e XIX, que conferem à região um cunho ímpar, apresentando-nos lugares da memória, lugares da nossa identidade.