Reservas
(Chamada para a
rede fixa nacional)
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É na margem Sul do Tejo, próximo da Reserva Natural do Estuário do Tejo, que vamos encontrar a castiça vila de Alcochete. As condições proporcionadas pelas margens do rio explicam a existência dos salineiros e a acentuada proximidade do Ribatejo, justifica a presença dos campinos e dos forcados. Ligada à criação de gado bravo estão as tradicionais touradas e largadas de touros que, nas festas de Verão, especialmente nas do Barrete Verde e das Salinas, obrigam quem anda nas ruas a fugir do animal. O topónimo "Alcochete" parece derivar de uma expressão árabe que significa "forno", remetendo para os numerosos fornos que existiam na região. Esta hipótese levanta a possibilidade da fundação da povoação ter sido entre os séculos VII e IX, depois da conquista árabe de Lisboa. Após a fundação da nacionalidade, foram vários os reis que deram importância a Alcochete. D. João I e D. João II passaram ali longas temporadas de repouso e de lazer e o infante D. Fernando (irmão de D. Afonso V) chegou mesmo a estabelecer ali a sua residência, na qual viria a nascer o futuro rei D. Manuel, em 1469. Nos séculos XVII e XVIII verificou-se um desenvolvimento da exploração do sal e do negócio da lenha. O concelho foi extinto em 1895 e restaurado três anos depois.
ALCOCHETE, com uma área de 129,0 km2, 14 347 habitantes e 3 freguesias, é um dos 13 municípios do distrito de Setúbal.
Fundada pelos árabes com o nome de "Alcaxete" que significa fornos, e cuja origem se pensa dever-se a grandes fornos para cozer barro que aqui existiram, Alcochete foi conquistada por D. Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal, no séc. XII.
No séc. XV, esta região onde abundavam espécies como os veados, os javalis e os lobos, era muito frequentada pela nobreza que aqui organizava grandes caçadas, e permanecia durante longas temporadas nas suas residências de verão.
As salinas são a grande riqueza natural desta zona, tendo Alcochete sido durante muito tempo considerado o mais importante centro de produção de sal do país, actividade que ainda hoje em dia continua a ser fundamental na economia local.
Como em quase todo o Ribatejo, também em Alcochete se criam cavalos e toiros, e a população cultiva o gosto pela "festa brava", que atinge o expoente máximo nas "Festas do Barrete Verde e das Salinas", que têm lugar anualmente na 2ª semana de Agosto, e em que as largadas e corridas de touros são o espectáculo mais característico.
Nas redondezas situa-se a Reserva Natural do Estuário do Tejo, onde se podem observar diversas aves que por aqui passam nas suas migrações, de que se destacam os bandos de Flamingos.
Alcochete pérola da Área Metropolitana de Lisboa
Contabilizando 13 010 habitantes, segundo o Censos de 2001, o Concelho tem actualmente uma localização privilegiada na área da Grande Lisboa, sendo servido pela ponte Vasco da Gama, que o deixa a 20 minutos da capital e da auto-estrada do Norte, e pelo IC 13, com ligação à A2.
Alcochete situa-se na margem esquerda do estuário do Tejo, o maior estuário da Europa Ocidental e um dos maiores santuários da vida selvagem da Europa. A lezíria, as salinas e o montado de sobro conferem ao concelho de Alcochete o estatuto único de pérola preciosíssima da conservação da natureza na Área Metropolitana de Lisboa.
Mais de 100 000 aves aquáticas encontram aqui condições excelentes para a invernada, ou descanso migratório, durante as longas jornadas que empreendem entre África e as regiões frias da Europa Setentrional.
O primeiro encontro do visitante com o coração da vila de Alcochete é, muitas vezes, o miradouro das palmeiras, hoje denominado Miradouro Amália Rodrigues. O encanto da muralha, a bordejar o rio, convida-nos à descida, espreitando o bairro das Barrocas do lado esquerdo, passando pela Igreja de Nossa Senhora da Vida, desembocando na Igreja da Misericórdia e na ponte-cais.
Avançando águas adentro, é preciso percorrer a ponte-cais para cheirar a maresia e ouvir o calmo enrolar das ondas na maré-cheia, o baloiçar dos barcos, o piar das gaivotas Ao fim da tarde, é obrigatório prolongarmos o passeio ao Jardim do Rossio, mergulhados no verde ou encostados ao rio e seguir até à praia dos Moinhos onde, no Outono, é imperdível ver o pôr-do-sol.
Entre esta praia e a zona ribeirinha de Samouco, a paisagem é agora recortada pela elegante silhueta da ponte Vasco da Gama e pelos bandos de flamingos que escolheram as salinas como morada.